sexta-feira, 27 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Os Olhos dos Outros

Os olhos de quem me interessa, não quaisquer olhos. Os teus e os teus. Os dele e os dela. Os vossos e também os outros. No fim, os meus que vêem os vossos.

Só vejo os que quero ver. Aqueles que me dizem que tenho um feitiozinho tramado, os castanhos que me apontam um coração do tamanho do mundo, os mais pequeninos que me chamam de preguiçosa, os que choram a rir com a quantidade de disparates engraçados que eu sou capaz de produzir.

Gosto dos olhos que sei que nunca me vão mentir, dos que sempre me vão amar e dos que me acalmam quando fico “estouvada”. Há ainda os que poucas vezes me viram, mas que eu admiro por verem longe.

Tenho ainda na memória a íris dos que não gostam de me ver chorar (e que sabem que ODEIO chorar), dos que procuram a criança que há e sempre haverá em mim e dos poucos, muito, mas mesmo muito poucos que reconhecem o cinismo impregnado em algumas das minhas palavras. Adoro os que se chateiam comigo, que me fazem ficar triste comigo própria, que me fazem pensar que ODEIO ficar triste e que no dia seguinte me aconchegam num abraço que me faz sorrir e pensar que AMO sorrir.

Tenho sempre comigo as pupilas repletas de partilhados guilty pleasures, os olhares a pedirem feedback, mas que nem precisam que eu pestaneje para que o recebam, as córneas de quem compartilha aquele único momento.

Depois… os que não quero ver, porque não preciso, porque não quero, porque tenho os olhos de quem me chama pedante intelectual e os de quem me aponta todas e mais algumas manias. Para que preciso eu de mais quando tenho os vossos?

Sou filha de pai e de mãe… e que grandes pais. Da mãe herdei o género e a bondade, do pai… bem, do pai seria tudo o resto, não fosse eu também vossa “filha”. E sou vossa “filha”, essencialmente, porque sou filha única de pais separados desde muito cedo. Nós que pertencemos a esta categoria, somos todos muito filhos uns dos outros. Dos biológicos vou herdar tudo aquilo que alguma vez eles e eu poderíamos desejar, o MEU caminho. De vocês… os passos que farão com que não percorra o MEU caminho sozinha. :)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Something shy about me


Shy that Way: Jason Mraz and Tristan Prettyman