quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Me Me Me!!!

Ser operada é um pouco como fazer anos, com umas pequeninas diferenças.

No nosso aniversário não nos costumam abrir e dar pontos, não nos dão sedativos (o que é pena porque aquilo é brutal) e eu, em particular, não fico especialmente feliz, fico mais para o taciturna. Além disso celebramos só um dia por ano e nesse dia não estamos sempre deitados. Pormenores à parte tudo o resto é muito similar.

Ser operada é quase como fazer anos durante 15 dias, dependendo da intervenção, obviamente. É o ring ring do telefone, a vibração das short message service, o dling dlong da campaínha a sair do intercomunicador. Os sorrisos e os abraços, as prendas e os mimos (mais um Keith Haring para o meu quarto :D) e ainda a minha decisão soberana de ver, comer (hoje deixaram um dos pratos preferidos da menina, LEITÃO, nhami) e fazer o que quiser.

Também temos alguns dissabores como ler mais um livro do Gabriel Garcia Marques e continuar a não perceber o fascínio à volta deste escritor (pronto, cruxifiquem-me, vá lá) ou ainda termos tanto tempo livre e não termos posição para escrever e postar, postar, postar até mais não.

Fora isso, ainda não percebi bem se prefiro fazer anos ou ser operada. Noutro dia disse a um amigo que gostei da experiência. Obviamente que ele soltou um espantado Ai gostaste? Percebamos uma coisa, o facto de eu ter gostado não quer dizer que queira repetir. Gostei porque nunca tinha passado por essa experiência, mas principalmente porque correu tudo lindamente, tal e qual como eu tinha imaginado, contrariando todos os que me diziam que não iria ser pêra doce. Já comemorar aniversários não é o meu forte. Tem anos em que detesto, mesmo.

De uma forma ou de outra is all about me and by this time I'm so sick of me! Uma semana inteirinha comigo e chego à conclusão que não percebo como vocês todos me ADORAM e alguns AMAM mesmo!!! LOOOOOL. Agora que a recuperação está quase a acabar estou mortinha para dar de volta tudo o que recebi, porque receber é muito bom, mas dar... dar é milhoes de vezes melhor!

No entanto, não se esqueçam, há sempre espaço no meu quarto para mais Keith Harings ;)