Pois é, lá chegou aquela altura do ano em que a Pinheirinha e os amigos se vão colar madrugada dentro com o AXN para a noite de Óscares. Eu que me tento preparar com antecedência para esta noite, vendo o máximo possível de filmes nomeados para depois no dia afirmar com toda a convicção, do alto da minha sapiência hollywoodiana, quem serão os vencedores, baldei-me inexplicavelmente este ano. Ainda quase não vi nenhum filme dos que têm mais nomeações e pior, só há uns dias atrás é que soube quem ia apresentar o espectáculo. Daí este post.
Indubitavelmente, uma parte do burburinho que gira à volta da cerimónia dos Óscares está relacionado com quem o apresenta. O espectáculo não é só o "toma lá a estatueta e faz um discurso rápido, para ver se pagamos um pouco menos à banda!". Não. É essencial que se faça a revista cinematográfica e política do ano transacto e de forma a arrancar o maior número possível de risos da audiência. Assim, é natural que normalmente os apresentadores sejam reputados comediantes. Daí que não seja de estranhar que Billy Cristal e Steve Martin sejam os mais emblemáticos nomes de apresentação da cerimónia. Whoppi Goldberg também já pisou o palco do Kodak Theatre e o Los Angeles Shrine Auditorium umas quantas vezes, mas pessoalmente, acho que sem grande sucesso. Mais recentemente a Academia tem apostado em pessoas com um talento enorme, mas não tão mainstream por assim dizer. Exemplo disso temos o caso (falhado) de Chris Rock, do (brilhante) Jon Stewart e da (surpreendente) Ellen Degeneres. 2007 foi o ano desta última e aquele que me pareceu o melhor dos últimos 5 anos. 2009 reserva-nos... Hugh Jackman.
"Hugh Jackman???" Foi o balão que surgiu por cima da minha cabeça quando li a notícia. "Hugh Jackman??? O da Austrália? Do filme e do país? O que foi recentemente considerado o mais sexy homem à face da Terra pela People? :S Weird", pensei eu. Mas rapidamente mudei de opinião e o que me fez mudá-la foi o artigo que aqui vos vou deixar e o maravilhoso mundo do YouTube. Então não é que o rapaz já havia apresentado os Tony 3 vezes e mais uma série de eventos? Não seria isso que lhe concederia um lugar de espanto na minha consideração (que obviamente não lhe interessa para nada), mas sim o facto de ter percebido que o senhor tem um talento especial para a cantoria e para a comédia. Daí que estou muito curiosa para ver o que está preparado para este ano.
O artigo que aqui vos deixo teve dois efeitos surpresa em mim. O primeiro quando percebi quem ia ser o apresentador dos Óscares este ano, o segundo está relacionado com quem o escreveu. Joel Stein é colunista regular da Time e apesar de já ter lido muitos artigos dele, este foi provavelmente dos melhores. Isto para lembrar que há um ano atrás, por esta altura, estava a realizar-se a maior greve de argumentistas e guionistas da história do entretenimento mundial e que parece que só quando isso acontece é que as pessoas se lembram que a maioria do que nos entra pelo televisor adentro, o que assistimos nas telas do cinema e muito do que se faz na internet sai das cabecinhas de milhares de anónimos que raramente são mencionados ou reconhecidos como realmente deveriam ser. Como por exemplo, o jovem Jon Favreau, ou como Obama gosta de lhe chamar "my mind reader". Se Obama ganhou a presidência dos Estados Unidos foi muito graças ao seu autor dos discursos. Com Obama ou sem Obama (e podem apostar que ele estará presente na cerimónia no próximo domingo, não em pessoa, mas nas palavras de Hugh Jackman) o que interessa é que pressinto uma muito engraçada edição de Óscares este ano. E uma vez que me baldei indecentemente em relação aos filmes nomeados, pelo menos quero-me divertir com o acessório do espectáculo! Let the show begin...
I WROTE THE OSCARS! by Joel Stein
For reasons I accept but will never fully understand, hundreds of millions of people would rather be entertained by the Oscars than by this column. So I felt vindicated when I got an e-mail three weeks ago from John Palermo, the producing partner of this year's host, Hugh Jackman, saying he liked my work and wanted me to write for the Academy Awards. I wasn't exactly sure how the Academy expected me to craft an opening in which Jackman quickly segued into talking about me and my sophomoric sexual obsessions, but I was up for the challenge.
Since this was clearly the biggest, most important comedy job I'd ever get, I expected the Academy to send an official package of Oscar history, tips from past writers and a truckload of money. Instead, I got just some grainy DVDs of Jackman hosting the Tony Awards. I was starting to wonder if I was really hired by the Oscars when I found out I wasn't. It turns out the Academy hires pros like Bruce Vilanch for the presenter banter but lets the host pick his own team. This makes sense when the host is a comedian with a staff of writers. It makes less sense when the host is known for being PEOPLE's Sexiest Man Alive. What I've learned from late-night Cinemax is that sexy people don't place a high value on writing.
Luckily, all four of us had a few things in common. We hated The Curious Case of Benjamin Button and had no idea that The Reader wasn't a children's magazine. We also thought Jackman shouldn't tell any jokes and should instead open with a big musical number that references the recession. But every good concept we had we immediately killed because it reminded us of Billy Crystal. You would think that would be a good thing, since Crystal was the most beloved Oscar host ever and got the job eight times. But comedy writers are far more interested in impressing other comedy writers than in pleasing an audience. This is why most comedy sucks. If we thought we could have gotten away with an opening number that made fun of genocide, we would have. Instead, we just wasted hours making those jokes anyway. We also spent a lot of time trying to figure out if we'd get in trouble for ordering room service. The answer, so far, is no.
The only proof that we really were writing for the Oscars is that Jackman would visit our room for a couple of hours each day. To my surprise, the best kind of boss is a sexy boss. Jackman greeted each of us with a giant hug, which would have been a perfect test of how gay I am, except I was totally focused on making sure I wasn't crushed to death by his giant lats. So ... pretty gay. Jackman would laugh uproariously at everything we suggested, which is one of the huge advantages of writing for a noncomedian. He acted out all our stuff, belted out our songs while standing on furniture and even watched most of Be Kind Rewind with us for no good reason. He was so omniscient in his niceness that not only did he look sad when we played him the Christian Bale freak-out tape, but he also, after agreeing to record a parody of it, called Bale to make sure it was cool if we put it online. He even let me try on the real, $18,000 plastic Wolverine claws, which made me want to do a bit about the moon and body hair; the reaction made me realize I probably should have seen an X-Men movie before writing for Jackman.
It soon became clear that not only was writing for the Oscars not the hardest job of my life, it wasn't even the hardest job of my week. We brought in a guy who wrote music, and six days later, the opening number was complete. It's not bad, and when Jackman sings it, it's great. Because while we weren't smart enough to write great jokes, we were smart enough to figure out that Oscar audiences don't remember jokes. They remember whether the host set the celebratory mood, as Crystal did. Our job was to get out of the way of Jackman's charm, and if that meant ordering room service and letting the other writers do all the actual lyric-writing, then I was a fine hire. All the good jokes, by the way, were mine.
P.S. - Estou realmente convencida que seria uma mais valia nas Produções Fictícias. Porquê? Reparem no título! E mais não digo. Ih Ih!